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Felipe Comelli • mar. 14, 2024

Reflexão e Renovação: Uma Jornada na Semana Pedagógica da Rede Alix

Antes de adentrarmos a Semana Pedagógica 2024 da Rede Alix, convido você, caro leitor, a uma introspectiva viagem pela memória. Este exercício, embora simples, é importante para o nosso propósito. Visa nos deslocar no tempo, com o objetivo de alimentar nossa imaginação. Para aprimorar essa experiência, sugiro uma rápida incursão pela internet: procure e deixe-se levar pelos primeiros minutos do poema sinfônico ‘Assim falou Zarathustra’[1], de Richard Strauss[2].


Embalado pela música – ou independente dela –, permita-se navegar até as cenas do filme “2001, Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick. Talvez as harmonias já tenham levado seus pensamentos em direção a este marco cinematográfico. Caso não, é provável que sua memória ainda guarde vestígios dessa obra-prima. Todos fomos expostos a uma de suas cenas emblemáticas: após tocar um misterioso monolito negro, um antepassado humano com trejeitos simiescos descobre usos inovadores para um osso. De um simples consumidor de vegetais, acossado por predadores e rivais, testemunhamos, em cores pastéis e pelos pretos o hominídeo transformar-se de uma criatura dominada pelo medo e pela necessidade, para um ser capaz de usar a tecnologia para melhorar significativamente sua qualidade de vida[3] - ora garantindo fontes de alimentos antes impossíveis, ora subjugando seus rivais. Nesse primeiro ato da película de 1968, violento, mas revelador, com o sugestivo título “A Aurora do Homem”, Kubrick simbolicamente ilustra o despertar da consciência e da inovação - temas profundamente entrelaçados com o propósito da educação.


Assim como em um filme, através de um fade in - quando a imagem vai gradualmente se tornando mais visível -, somos transportados para a manhã de 22 de fevereiro de 2024, no Bairro de Pinheiros, em São Paulo, em um auditório lotado de professores e professoras, no Colégio Madre Alix. Somos todos membros dessa comunidade educacional vibrante, e estamos reunidos para a abertura da Semana Pedagógica da Rede Alix, um evento que lança luz sobre nossos desafios, delineia nossos objetivos e nos nutre com a energia vital do compartilhamento e da união.


No anfiteatro, entre as inúmeras fileiras de docentes, o burburinho eloquente a respeito de variados temas da educação enche o espaço de uma energia vibrante e palpável. O canto ensurdecedor de um enxame de cigarras ao final da primavera poderia ilustrar a intensidade das nossas conversas. Estamos ansiosos pelo início das atividades. Sabemos, de antemão, que o Professor Bernard Charlot, livre-docente em Educação pela Universidade de Paris X Nanterre, titular Emérito da Universidade Paris 8 e autor de dezenas de livros, nos brindará com um diálogo rico de ideias e colocará várias pulgas atrás de nossas orelhas – ou, talvez, um grande monolito!


Precedendo Charlot, há um maestro para a trilha sonora do nosso encontro. Assim como a música de Strauss conduz o início do filme de Kubrick, a voz potente e por vezes emocionada da Irmã Arlene nos lembra que fazemos parte de uma Rede sem igual, um grande tecido vivo que soma mais de 44 mil estudantes em vários cantos do mundo.


Através da visão de Pedro Fourier, Irmã Arlene nos desafia a ver as pessoas não apenas por suas atuais condições, mas pelo que elas têm o potencial de se tornar, ressaltando a importância de fomentar um pacto educacional orientado para uma educação verdadeiramente abrangente e inclusiva.


Seus olhos escuros por trás dos óculos captam os nossos. Sob a perspectiva de uma pedagogia do encontro, do desejo e do encorajamento, ela nos desafia: quem somos, quem queremos ser, o que desejamos fazer de nossas vidas como educadores? Como a esfinge que guardava a entrada de Tebas – mas sem as carnificinas do “decifra-me ou te devoro”, ora bolas! –, Irmã Arlene nos instiga a refletir, tocar o monolito, sair da caverna para a luz.


Há um corte rápido e a próxima cena da nossa película se apresenta: Charlot, direto de sua casa, é projetado em cores vivas na tela principal e se torna o cerne de nossa jornada intelectual. Suas palavras nos guiam através de uma reflexão profunda sobre os desafios e as oportunidades da educação contemporânea. Nos alimenta com inúmeras ideias e perguntas, muitas delas frutos de uma de suas mais recentes publicações, o livro “Educação ou Barbárie? Uma escolha para a sociedade contemporânea”. Educação ou Barbárie é o script e cenário de nosso longa-metragem.


O ar frio do auditório se carrega de eletricidade estática enquanto o ouvimos atentos: terrorismo, racismo, feminicídio, tortura, milícias, assassinatos de jornalistas e uma lista infindável de elementos que reforçam a ideia de que a barbárie está de volta. Charlot, com suas palavras perspicazes, nos faz refletir sobre a "barbárie" moderna, enfatizando que a verdadeira selvageria surge quando negamos a humanidade do outro. Contudo, ele não nos deixa desamparados nas sombras. Ao contrário, segura nossas mãos e nos guia, reiterando que o ser humano é, acima de tudo, uma constante aventura.


Do osso à arma, mas também do grão ao pão, eu penso com meus botões!


Como enfrentar as provocações de Charlot, que, com seu marcante sotaque francês, nos questiona: "Sabemos ouvir, mas o que temos a dizer aos jovens?" Essa pergunta, aparentemente simples, desafia nossa percepção e prática educacional. Ela nos impulsiona a revisitar o propósito da nossa missão educativa e a quebrar o dualismo entre a norma e os verdadeiros desejos humanos, afastando-se da ideia equivocada de uma "natureza humana" corruptível.


Das caixas de som, ouvimos outra indagação de Charlot: “Qual é o papel do professor na aventura humana?” Gradualmente, ele esboça nossa identidade e trajetória como seres únicos, enfatizando a necessidade de reavaliarmos nosso vínculo com o mundo, já que somos simultaneamente criadores e criações de um "mundo humano", um espelho do conhecimento acumulado que fundamenta a educação.


À medida que refletimos sobre nossa contribuição a essa odisseia, somos confrontados com uma questão correlata: o papel da tecnologia na sociedade contemporânea – os smartphones, os computadores, as plataformas digitais. Charlot sustenta que a tecnologia, por si só, não é a fonte de nossa corrupção através dos séculos, assim como o osso ou o monolito não corromperam o ser primitivo no épico de Kubrick.


Portanto, ao reconhecermos que nossa singularidade enquanto espécie deriva de como nos relacionamos com nosso meio, entendemos que é fundamental para as novas gerações adotarem esse universo tecnológico de maneira consciente e humanizada. E, desta vez, ecoando como o grilo falante de outra história, a inquietude na minha consciência se torna uma exortação clara dizendo que são os educadores que devem guiar este percurso, iluminando o caminho com sabedoria e humanidade.


Nossa sessão vai terminando. Em poucos minutos, migraremos para diferentes espaços, prontos para novas atividades. Contudo, antes que as luzes reacendam, que o Sol se deite atrás do monolito negro, e que o último diálogo com Charlot se disperse num simples clique, os créditos da nossa experiência vão imaginariamente rolando e ficamos com uma mensagem que ressoa com o ethos de nossa Rede: Como seres em constante educação, devemos adotar a solidariedade como princípio orientador, reconhecendo que a educação é, invariavelmente, a humanização.


A Semana Pedagógica transcende a mera formalidade de um evento; é um chamado à reflexão, à ação e ao compromisso com o futuro de nossa espécie.


[1] A escolha da música também não é por acaso. Em “Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém”, Nietzsche aborda a moralidade, a vida e coloca os seres humanos entre os as pegadas dos macacos e do "além-do-homem" (Übermensch)

[2] Sugiro o concerto de 2019 da Orquestra Petrobras, realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (https://www.youtube.com/watch?v=qUVdZow2hv4).

[3] A mesma cena foi “relida” no início do filme Barbie, de 2023, da diretora Greta Gerwig. (https://youtu.be/I6vPuIMAOlA). 

Nasci no Rio de Janeiro, no ano do tricampeonato do Brasil. Sou filho de uma assistente social, com quem aprendi o valor das relações humanas e da compaixão com os mais desfavorecidos. Sou também sobrinho, neto, primo, pai e marido de um conjunto de mulheres fabulosas, geniais, potentes e atuantes, de sociólogas, médicas, arquitetas, biólogas, educadoras e estudantes. Nesse borbulhante caldo de cultura e gente, cresci em Santos, torrando meu nariz branquelo ao sol dos dias de praia, em uma época em que não havia protetor solar. Fiz graduação em Ciências Biológicas na Universidade Católica, onde encontrei meu amor, Beatriz - e, juntos, já fizemos 35 translações! Mais tarde, fui para o interior de São Paulo fazer mestrado na Unesp, embora estudasse peixes do litoral. Dos peixes, num pulo, passei para o bicho-homem e comecei a lecionar. Meu doutorado em Educação Matemática na PUC-SP surgiu porque sempre quis compreender por que e como as emoções, crenças, atitudes, valores e identidade impactam tanto o ensino e a aprendizagem. Há 27 anos transito entre os papéis de professor, coordenador e formador de professores em escolas privadas e públicas. Além da Beatriz, uma menina, um garoto, um cachorro e um gato formam meu núcleo diário. Escola, fotografias, filmes, séries, livros e histórias contadas por pessoas queridas me alimentam nessa jornada.

Por Rede Alix 09 abr., 2024
Reflexões das práticas pedagógicas participativas na educação de crianças pequenas Grupo de trabalho: Prática pedagógica na educação infantil 1. INTRODUÇÃO Compreender que a infância envolve uma construção social e histórica com descobertas e considerações importantes para o seu contexto em sociedade, se faz necessário para desenvolver o trabalho docente na educação de crianças pequenas. Uma educação infantil de qualidade, emerge de lutas que reverbera nos documentos da legislação educacional, estabelece os direitos da criança como uma afirmação legal em defesa das infâncias. O objetivo foi refletir como envolver as crianças na construção do conhecimento por meio de práticas pedagógicas inovadoras. Promover a organização dos espaços e materiais nas experiências das aprendizagens diárias. Perceber como essas práticas incide na aprendizagem das crianças, destacando a importância da formação contínua para o desenvolvimento pedagógico. 2. ASPECTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS Realizamos uma pesquisa qualitativa por meio de um estudo de caso numa instituição de Educação Infantil. A coleta de dados aconteceu mediante observações, conversas individuais e coletivas com as crianças e professoras. Compartilho os estudos realizados para aqueles que se fizerem interessados em refletir sobre as práticas pedagógicas participativas na Educação Infantil e a formação de professores. Participaram da pesquisa quatro (04) professoras e seis (06) crianças de duas turmas (Infantil III e IV). A metodologia iniciou com uma conversa com as crianças, para instigar sobre os materiais pedagógicos e acompanhamento do processo de aprendizagem. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO As conversas com as crianças e professoras e o acompanhamento pedagógico nos mostraram que a organização de diferentes materiais e espaços nas investigações das crianças, precisam ser refletidos. Fazer registros da fala e leitura das crianças, perceber o processo investigativo e a sua relação com os materiais e espaços propostos, sendo necessário mudanças e estudos na transformação das práticas pedagógicas. 4. CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante da organização no jardim para a investigação sobre os insetos, constatamos que o trabalho das práticas pedagógicas participativas, não é um processo simples, requer pesquisa, um olhar atento e reflexivo. Além disso, espaços diversificados que favoreçam aprendizagens significativas e desenvolvam a participação ativa das crianças. 5. REFERÊNCIAS ARIÉS, Philippe. História social da criança e da família . Rio de Janeiro: Zahar,2016. OLIVEIRA-FORMOSINHO, Júlia de; PASCAL, Christiane (Orgs.). Documentação pedagógica e avaliação na educação infantil : um caminho para a transformação. Porto Alegre: Penso, 2019. Palavras-chave: Educação Infantil. Formação de professores. Práticas Pedagógicas. Roneide Pereira da Cunha Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil / Graduada em Pedagogia e Especialista em Educação Infantil pela Universidade Regional do Cariri (URCA).
Por Rede Alix 09 jan., 2024
Hoje, celebramos o dia de Madre Alix, uma mulher ousada cujo legado continua a inspirar e orientar aquelas e aqueles que seguem a missão da Congregação de Nossa Senhora - Cônegas de Santo Agostinho. Em uma de suas frases mais marcantes, Madre Alix proclamou: "Fazer todo o bem possível". Essas palavras ressoam como um chamado constante para ação e serviço em prol do próximo. Ao refletir sobre a importância dessa mensagem, a vigária da Congregação, Irmã Arlene Silva, destaca que o desejo de Madre Alix é o "fio condutor, o legado, a herança deixada pela fundadora da Congregação de Nossa Senhora CSA". Essa herança transcende o tempo, impulsionando a missão da Congregação em fazer o bem possível em diversos contextos, desde escolas e colégios até centros sociais e movimentos populares. A frase de Madre Alix não é apenas uma expressão eloquente; é um compromisso ativo com a promoção do bem em todas as áreas da vida. Irmã Arlene ressalta que a missão da Congregação é estender essa benevolência a todos e todas que estão sob sua responsabilidade. Isso se manifesta na dedicação em contribuir para o desenvolvimento das comunidades nas quais estão inseridas. Nas escolas e colégios, a Congregação Nossa Senhora CSA busca não apenas transmitir conhecimento acadêmico, mas também cultivar valores que promovam o respeito, a compaixão e a solidariedade. A educação, sob essa perspectiva, torna-se um meio poderoso para formar cidadãos comprometidos com o bem-estar coletivo. Além disso, nos centros sociais, a Congregação se empenha em oferecer apoio e recursos às comunidades mais vulneráveis. Essa atuação vai além das fronteiras físicas das instituições, estendendo-se aos movimentos populares e à luta pela vida. Irmã Arlene destaca que o compromisso da Congregação é ser um agente de transformação, trabalhando incansavelmente para criar um mundo mais justo e inclusivo. Ao celebrarmos o dia de Madre Alix, somos convidados a refletir sobre como podemos reencontrar nossos melhores sentimentos e seguir seu exemplo. Fazer o bem possível não é apenas uma aspiração utópica, mas uma prática diária que todos podemos incorporar em nossas vidas. Madre Alix, ao proferir essas palavras, deixou um legado que transcende gerações. Seu chamado ressoa como um lembrete constante de que, mesmo diante dos desafios, cada um de nós tem a capacidade de contribuir positivamente para o mundo ao nosso redor. Neste dia especial, é uma oportunidade para renovarmos nosso compromisso com ações benevolentes. Podemos começar olhando para as pequenas oportunidades no nosso cotidiano, reconhecendo que cada ato de bondade, por menor que seja, contribui para um impacto positivo. Assim como Madre Alix, que dedicou sua vida a fazer o bem possível, podemos encontrar inspiração em sua missão e aplicar seus princípios em nossa própria existência. Seja no auxílio a um vizinho, na contribuição para uma causa social ou no apoio a quem necessita, cada gesto conta. Em conclusão, celebrar o dia de Madre Alix é mais do que uma homenagem; é um convite para abraçarmos sua visão de fazer o bem possível em todas as esferas de nossa vida. Que suas palavras continuem ecoando em nossos corações, inspirando-nos a ser pessoas de positividade e transformação, assim como ela foi em sua notável trajetória.
24 jul., 2023
No momento em que os posicionamentos políticos ficam cada vez mais acirrados em todo o mundo, como dialogar a fim de promover a liberdade e a diminuição das desigualdades? Como avançar diante de barreiras, intolerâncias e interesses que, muitas vezes, se sobrepõem ao bem comum? Os desafios que se impõem aos líderes mundiais foram experimentados pelos alunos do 1º e 2º anos do Ensino Médio que participaram da SIMA – Simulação Internacional do Madre Alix, realizado no dia 20 de março. Trata-se de um projeto de debate internacional que simula uma assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU) por meio da discussão regulamentada a partir de critérios acadêmicos. Neste ano, o tema foi a violência baseada no gênero. Ao longo do debate, os alunos apresentaram pontos contrários e a favor do tratado, defendendo os interesses de seus países e levando em conta o relacionamento com nações parceiras ou inimigas. Questões como o direito ao aborto, a punição contra assédio sexual e a desigualdade salarial entre homens e mulheres foram levantadas. Se por um lado os alunos sustentaram a posição de nações que combatem os problemas, por outro apresentaram as razões pelas quais outras os tratam como algo que deve permanecer restrito ao ambiente familiar. Para Umberto Cavalheiro, professor de Geografia e mediador da Simulação, o evento mostra grande interesse dos alunos em discutir questões atuais. “Ficou evidente que eles pesquisaram e se prepararam para defender seus interesses”, diz. “Apesar desta edição ter sido on-line devido às restrições do momento, não perdemos no interesse nem na qualidade dos argumentos apresentados”, acrescenta. Maria Eduarda Carillo, do 1º ano, defendeu a Alemanha e conta que se preparou intensamente, mergulhando em notícias, dados estatísticos e outras informações sobre o país. Para ela, um dos maiores desafios da SIMA é sintetizar ideias complexas em poucos segundos, especialmente ao rebater comentários. “Fomos na cara e na coragem, sem ensaio nem nada. Como eu penso em estudar Direito, gostei da experiência de opinar e lutar pelo que acredito.” Camila Fiaranelli, do 2º ano, representou a França, e conta que se surpreendeu com alguns posicionamentos do país. “Admiro e me identifico com a liberdade dos franceses e muitos aspectos culturais. Porém, nos temas ligados à questão de gênero, não são tão avançados quanto eu supunha para um país de Primeiro Mundo”, conta. “Participar da SIMA foi como assumir um personagem e absorver sua identidade, tudo com tempo cronometrado e discurso afiado. Uma ansiedade grande, mas muito boa!” E o que falar da ansiedade de quem defendeu os Estados Unidos? O país mais visado do mundo foi representado por Felipe Souza da Silva, do 2º ano, que afirma que o SIMA exige que os alunos ouçam, respeitem opiniões alheias e acordos com aliados – algo que destoa do que o mundo viu do Governo americano nos últimos anos. “Claro que agora, no Governo Biden, o país tem uma nova visão em relação às mulheres e às questões que envolvem gênero”, pensa. “Fiquei sabendo que existem organizações que defendem os direitos da mulher, inclusive as imigrantes, mas ainda precisam avançar em alguns pontos. Acredito que o Governo atual terá muitas conquistas nessa área”, diz. Realizado no Colégio desde 2010, a SIMA propõe que os alunos representem nações e defendam seus posicionamentos diante da comunidade internacional, muitas vezes indo contra princípios e convicções pessoais. Ao longo da preparação, eles aprendem a fundamentar ideias, trabalhar em equipe e se posicionar diante do que ocorre ao seu redor. Esse aprendizado foi, inclusive, destacado na mensagem enviada pelo ex-aluno Arthur Martins Henry, que participou de duas edições da Simulação. Segundo ele, que hoje está no terceiro semestre de Direito, o evento o ajudou a exercitar a desenvoltura e outras habilidades úteis no universo jurídico. “É um grande projeto e, o mais importante, é todo feito pelos alunos. Aproveitem a oportunidade valiosa que estão tendo. Para ‘SIMA’, rapaziada!”, vibrou.
Por Rede Alix 29 jun., 2022
A arte pode contribuir para o desenvolvimento das capacidades de expressão, comunicação e construção de repertório das crianças. Ao conhecerem e interagirem com desenhos, pinturas, filmes ou músicas, elas vão, aos poucos, se apropriando, descobrindo e transformando esses conhecimentos à sua maneira. No Infantil 4, esse processo foi vivido ao longo do primeiro semestre a partir do contato com a obra do holandês Vincent Van Gogh (1853-1890), considerado um dos maiores pintores de todos os tempos. Pinturas famosas como Noite Estrelada (1889), Os Comedores de Batatas (1885) e Doze Girassóis em uma Jarra (1889) foram apresentadas aos pequenos, que aprenderam sobre a inspiração, os materiais, os lugares onde viveu e as diferentes emoções que tomavam conta do artista. “Sabemos que muitas crianças visitam exposições ou reconhecem reproduções de pinturas famosas nas paredes das casas dos avós, por exemplo, mas é interessante que saibam, também, o que existe por trás de cada obra”, explica Marina Bellato, professora da turma. “Trabalhamos dez pinturas, sempre apontando elementos que vão além daquilo que elas mostram. No caso de Van Gogh, há muitas histórias e curiosidades, como o relacionamento com o irmão Théo, as amizades, os lugares onde ele viveu e até a automutilação de sua orelha. Tudo isso foi gancho para a abordagem de temas como biografia e autopercepção. As crianças puderam entender que há vários elementos que resultaram nos temas, nas cores, nos materiais e em outras escolhas feitas pelo artista”, acrescenta. Ao final de cada aula sobre Van Gogh, os alunos se dedicaram à releitura da obra em questão, usando seus materiais preferidos. Parte da produção está exposta no saguão do Colégio. Não deixe de visitar!
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